domingo, 28 de agosto de 2016

Antologia poética

Poesia 

Quando não esperas nada
não esperas nada

Quando não esperas nada
tudo acontece

Quando não esperas nada
o nada é certo

quando não esperas nada
das leis do verso

Quando não esperas nada
por que esperavas?

Quando não esperas nada
lembras fantasmas

Quando não esperas nada
o som concreto

do poema cresce e tu recebes
lição de nada em tudo

e recomeças


António Carlos Cortez, Linha de fogo, Editora Licorne, p. 39

Aparentemente, fala-se de poesia. O título assim sugere. Os versos reforçam a sugestão: "Quando não esperas nada / o som concreto // do poema cresce (...)"
Ora,
Viver também é poesia...





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