terça-feira, 20 de junho de 2017

Contos, cantos, poemas e recontos

Uma vez mais, lemos a meias nos Serviços Sociais.
Um desafio (uma ideia da Ilda, na última sessão) foi lançado: vamos dedicar minutos a contar as nossas memórias alegres ou tristes..., divertidas?... Vamos ouvi-las, talvez escrevê-las...?
Diz um provérbio indiano: "Cada vez que morre um idoso, desaparece uma biblioteca". É preciso tentar evitá-lo! Vamos a isso?...
Xico Braga serviu de modelo, com a leitura de algumas das histórias em que recorda os seus tempos de menino.
António Gedeão ofereceu-nos poesia...
Lemos, depois, um conto de Joaquim Letria: Era uma vez uma menina que tinha um galo... Um galo que foi vendido para que pudesse aprender a ler.
Daí até à Cartilha de João de Deus foi um saltinho. Vinte e cinco lições para aprender a ler. E um texto que a Aida sabia de cor. Um texto que hoje, no nosso sistema de educação laico, não faria parte dos nossos manuais.
Por fim, um pedido: que contasse, de novo, Apesar de tudo.
Neste Dia Mundial do Refugiado, fazia todo o sentido. Assim foi. E, como de costume, a história acabou numa roda.
A fechar, a Conceição cantou a canção do costume... e nós fizemos coro.
Mais uma sessão cheia de leituras, conversas e prazer, com despedidas calorosas.

AQUI: Sessão anterior, de 15 de maio.

Bibliografia:
António Gedeão, Poemas escolhidos, Edições João Sá da Costa 
Ilse Losa, A minha melhor história, Editora Nova Crítica
João de Deus, Cartilha maternal ou Arte da leitura, Edição Expresso
Joaquim Letria, Histórias para ler e deitar fora, Círculo de Leitores
Xico Braga, Estórias para um neto, edição de autor, com apoio da Câmara Municipal do Seixal



sábado, 3 de junho de 2017

Ler a meias... no parque de Horsforth

Um sol alegre, nuvens clarinhas, temperatura de verão (por estas paragens), e o ponto de encontro foi, desta vez, um imenso jardim, mais precisamente o parque infantil.
Faz todo o sentido! Este grupo de "famílias lusas" (sendo português um dos cônjuges, ou ambos) nasceu com o objetivo de os seus meninos conviverem e ouvirem falar a sua língua natal, razão pela qual foi denominado "Brinca".
E brincaram mesmo, desde os mais pequenitos aos mais crescidos!
Houve ainda tempo para um momento musical, cantado e tocado à viola por Jez.
E, por fim, tempo para "ler a meias..." (literalmente). Começou a neta Maria, lendo "A galinha ruiva". Prova superada!...
A avó Manuela começou com lengalengas e finalizou com o conto tradicional "O coelhinho branco".
Frederico, o bebé mais pequenino, teve antes o seu momento personalizado: "A galinha põe o ovo..."
A tarde ia arrefecendo, o plano estava cumprido... Era hora de partir.
Tempo de simpáticas despedidas... e desejo de reencontros...

Bibliografia:
Antonio Mota, O livro das lengalengas, Gailivro
António Torrado, A galinha ruiva, SóRegra
Contos populares portugueses, Impala


quinta-feira, 1 de junho de 2017

Ler a meias..., na Horsforth Library!

Quando se vive no estrangeiro, não raras vezes nascem filhos que vivem longe do país de um ou de ambos os progenitores.
Há, felizmente, famílias que pugnam pela preservação dessa sua língua materna e/ou paterna e que, para isso, comunicam com os meninos na sua língua natal. Consoante o grau de literacia e contexto social dos pais, e as oportunidades criadas no país onde se encontram, há quem vá mais longe e desenvolva com as suas crianças atividades em torno do livro e das histórias, em encontros regulares. Fazê-lo numa biblioteca pública, onde todos se reúnem, é ideia brilhante da Sofia Martinho e da Débora Medina Jerónimo.
Assim cresceu um grupo de pais/ mães portugueses no Reino Unido. E eu, de passagem pela cidade de Leeds, tive a possibilidade de cooperar num sábado de leitura em português: Ler a meias... na Biblioteca de Horsforth. Numa salinha para onde se levam tapete, almofadas, um saco de livros...
O mundo é pequeno, aconteceu assim.
Foi, pois, uma pequena sessão para um público de idades variadas, desde bebés até aos 8 anos, e seus pais.
Arranjei (um tanto à pressa) um livro ilustrado inglês que recontei em português. Peguei ainda nos livros artesanais de Cláudia Sousa, as "Pequenas coisas" (das suas "Coisas de ler") que animaram adultos e se tornaram muito bem-vindos, entre mãos pequeninas.
Brincadeiras com dedos e uma lengalenga iniciaram e finalizaram a sessão.
Meninos interessados. Pais felizes.
A conclusão das mães organizadoras não me poderia deixar mais satisfeita...: "Era disto que precisávamos: uma contadora de histórias!"
(A 2a - e última - sessão vem a caminho.)


Bibliografia:
Cláudia Sousa, Muito pequenina, Flores de livro
Cláudia Sousa, Muito grande, Flores de livro
Cláudia Sousa, Muito pequenina e Muito grande, Flores de livro
Ian Whybrow/David Melling, Jump in!, Hodder Children's Books