quarta-feira, 30 de junho de 2010

Um microfilme para uma macrocausa...

10 entrevistas...
10 dolorosos depoimentos...
Desejo de nos alertar... A câmara ali à mão...
...Falta de estudos ou de saúde, desemprego, toxicodependência, imigração, idade..., reforma de miséria... 
O resultado é esta triste e dura realidade... «...não tenho vintém, não tenho nada e estou p'rá qui assim...»



terça-feira, 29 de junho de 2010

Parabéns, Principezinho!

110 anos é motivo para festejar...
Parabéns, Saint-Exupéry e Principezinho!
Desta obra (de que só passei a gostar em crescida), evoco, em especial, o encontro do Principezinho com a Raposa... e esta perene e vital aprendizagem de "cativar"...

Em jeito de balanço, vamos a números!...



Findo o ano escolar 2009/2010, pretendo fazer um balanço do meu trabalho voluntário.
Findo..., ainda não! Aceitei um convite para participar em mais uma sessão de promoção da leitura nas Novas Oportunidades, no próximo dia 5 de Julho: Livros para Férias… Falta-me ainda colaborar nesse evento que estou agora a preparar, para também eu entrar de férias...

O meu negócio não é números… De facto, não!
Por isso mesmo, não resisto a começar por descrever o que sinto: foi um ano intenso e rico de leituras, experiências, afectos, formação… Um tempo útil e fértil, de objectivos concretizados, abrindo portas à esperança de contribuir para formar leitores autónomos…
Por todo o lado, eu senti, e afirmaram-me, que foi positivo.
O projecto Ler a Meias… foi avaliado por todos os intervenientes, nas instâncias próprias. O projecto do jornal on-line também. Apresentei os meus próprios Relatórios de balanço e, claro, a minha auto-avaliação reflecte o meu grau de satisfação.
Qualquer avaliação não dispensa números… Estes, se apresentados com rigor, permitem tirar conclusões, sem apelo nem agravo… Pragmáticos e exactos, facilitam leituras. Não me escuso, pois, a mostrar os meus:

Agrupamento Vertical de Escolas Anselmo de Andrade: 28 sessões







·         EB1/JI Conde de Ferreira - Ler a Meias - 26 sessões – (13 sessões/cada turma, quinzenalmente) -3º ano;   
·         EB1 Conde de Ferreira - Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) – 1 sessão (90m) - 4º ano;
·         EB1/JI Feliciano Oleiro - Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) – 1 sessão (90m) - 4º ano.
(Nota: Nas AEC, realizei um trabalho de parceria com a Drª Joana Sabala, minha ex-aluna e amiga).

Agrupamento Vertical de Escolas de Azeitão: 15 sessões
·         Em 4 escolas de 1º Ciclo deste Agrupamento - 8 sessões de promoção da leitura - 2º, 3º e 4º anos e Jardim de Infância (envolvendo 9 turmas).
·         EB1 de Casal de Bolinhos - projecto de edição do jornal on-line «Turmalinhos de Casal de Bolinhos» – 7 sessões.








EB 2.3 D. António da Costa7 sessões









·   1 Evento dirigido à comunidade escolar (adultos);
·         6 sessões de promoção da leitura - 5º e 6º anos/7 turmas e um grupo de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE).







EB 1 de Almada - 2 sessões de promoção da leitura (Educação Ambiental) - 3º e 4º anos;

ES Monte de Caparica, Centro de Novas Oportunidades (CNO) - Livros Pedidos -1 sessão – adultos (alunos de diversas turmas – 6º e 9º anos);















EB 2.3 Conceição e Silva - 1 sessão - 5ºano (Evento: lançamento do bookcrossing)


Nuclisol, Instituto Piaget, Mirandela - Pré-Primária - 1 sessão de animação da leitura.

Em resumo:
·         11 escolas.
·         55 sessões (e mais uma ainda, por acontecer) – com duração média entre 45m a 1h; 2 de 90m; 1 ateliê de poesia, de 120m.
·         27 grupos/turmas (que participaram 1, 2, 8 ou 13 sessões/cada):
·         Diversos grupos etários (desde  4-5 anos a adultos);
·         Diferentes níveis de ensino (Pré-Primária; 1º, 2º e 3º Ciclos).
(...Fora os momentos em família e entre amigos, sempre que se proporciona...)

Feita esta enumeração, já nenhuma consideração desejo tecer…
Excepto que não referi:
·        a infinidade de horas aplicadas na selecção de obras… (as estantes "deitadas abaixo"... as idas a livrarias... e a Feiras de Livros...)
·         as inúmeras horas investidas na planificação do trabalho…
·         outras gastas na construção de materiais…
·         o tempo das deslocações…
·         a firme construção de um portfolio, com relatórios e materiais de todas as sessões realizadas, quer regulares quer pontuais, e o respectivo balanço final…
·         reuniões de trabalho, troca de e-mails com as professoras bibliotecárias…
.  o apoio que dei à construção/manutenção de blogues de bibliotecas escolares…
·         as horas de formação (pontual e voluntária) em Lisboa, Lourinhã, Óbidos, Braga…
·         os sucessivos sábados, de 7h de aulas/cada, num curso de Mediador de Leitura, que fiz em Évora…

Ah! E ainda nada disse do prazer que tudo me proporcionou!...
Nem acrescentei o mais importante de tudo:
-Os meninos do 3º ano, da Conde de Ferreira, fizeram do Ler a Meias, após a última sessão, a respectiva avaliação. Generosa e carinhosa. Considerando que aprenderam muito, "de forma descontraída"… Pedindo para eu voltar…
-E os meninos de Azeitão foram igualmente simpáticos e carinhosos, tão orgulhosos estavam das edições do seu jornal on-line. (Embora o meu papel se tenha restringido a encorajar, ajudar a organizar, pouco mais…)

A minha colaboração foi apreciada.
Estou grata a todos pela oportunidade… E pelo carinho demonstrado…
Valeu a pena? Foi proveitoso?
Então, até para o ano!
Entretanto, boas férias!

sábado, 26 de junho de 2010

O São João na Suécia

Engana-se quem acha que apenas nós temos festa pelo São João. Na realidade, há festa pelo mundo fora, no Brasil ou no norte da Europa...

Na Suécia, a festa é tão importante quanto o Natal. É o Midsommarafton (que significa, literalmente, «Comemoração do solstício de Verão»), festejado ao ar livre, no campo.

Diferenças?
Nessa latitude, a festa é genuinamente profana. Festeja-se o Verão, o sol, a natureza, a fecundidade.
Dança-se em volta de um mastro colocado no centro da festa, envolto em folhas e flores, com fitas que cada um segura, enquanto se movimenta em seu redor. Muitas vezes ainda vestem os seus trajes tradicionais, enquanto dançam ao som de músicas folclóricas, tocadas com o auxílio de violinos, flautas e nyckelharpor (um instrumento popular sueco).


Simbolicamente, esse mastro engravida a Terra-Mãe e faz crescer a esperança de boas colheitas, no Outono.
 
Colher flores faz parte da celebração. Com as flores campestres, fazem-se lindas grinaldas.
As moças casadoiras arranjam ramos de sete ou nove flores diferentes e põem-nos sob o travesseiro: o seu noivo será certamente aquele com quem sonharem…

As famílias reúnem-se e o menu é típico: as primeiras batatas colhidas no ano, cebolinha, conservas de arenque, carnes doces e morangos.

Em 2000, assisti a tudo. Estive lá. Vivi o Midsommar e festejei os 30 anos de um jovem amigo que vi crescer…
Uma década passou. Happy birthday! Grattis på födelsedagen, Marcus!
Inimaginável tudo quanto foi acontecendo, nestes 10 anos!… (Aqui como lá…)
A vida prossegue; só quer ser vivida…
Em 2020, lá estaremos?...



quinta-feira, 24 de junho de 2010

Uma quadra premiada...

Ouvi-a hoje na rádio, na Antena 1...
Atribuída a Rosarinho, vencedora do Concurso de Quadras Populares 2010.
Mais? Lamento, não sei (não ouvi)...
A quadra, essa, merece divulgação!



Não me estreites de maneira
que eu não possa respirar
Lembra-te, amor, que a fogueira
só arde se tiver ar

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Conta a lenda...

Contava a lenda que competia às cegonhas fazer a distribuição dos bebés pelos seus lares - uma história que camuflava temas tabu e que, por isso mesmo, está a cair em desuso...
A origem da lenda, não sei. Mas sei que as cegonhas são, elas próprias, mães e pais extremosos. 



Antes do mais, formam casais que permanecem unidos pela vida fora. Ao regressarem das suas migrações, voltam ao seu lar e reparam tão rapidamente quanto podem aqueles ninhos que chegam a ter metro e meio de largura por um metro de altura e que, entretanto, o Inverno foi destruindo... 
Os ovos são chocados alternadamente pela fêmea e pelo macho, permitindo que cada um deles possa voar livremente, em busca de alimento. 
Geralmente, em  cada ninho, crescem duas ou três crias, cuidadosamente vigiadas e alimentadas pelos pais, enquanto se desenvolvem...




Conta a lenda...
Conta a lenda que, na quente noite de S. João, enquanto a mocidade come e bebe, salta à fogueira, baila, convive e namora, precisamente nessa noite, as mães e pais-cegonhas obrigam as suas crias a sair do ninho... 
Conta a lenda, pois, que é na noite de S. João que as pequenas cegonhas experimentam o prazer de voar e descobrem o gosto pela liberdade...

Fotos da Net

S. João de Almada

S. João é o padroeiro de Almada, o que justifica um feriado municipal...
Quem foi? Primo de Jesus, um pouco mais velho, anunciou a sua vinda, baptizou-O, seguiu-O...
A sua vida, como é natural, pouco tem a ver com a forma como é evocado pelo Povo: folião, casamenteiro, protector das colheitas...
É festejado na noite de 23 de Junho, considerada uma noite mágica desde tempos imemoriais, por coincidir com o solstício de Verão. Qualquer pretexto serviria para a festejar. Sagrado e profano de mãos dadas, ainda melhor!
Almada foi terra fértil e algum mau ano deve ter determinado um pedido especial a S. João, feito na Ramalha, ao tempo uma zona profundamente agrícola. E algum milagre deve ter então acontecido... 
A tradição cimentou-se. S. João, abrigado durante todo o ano na Igreja de S.Tiago (junto ao castelo), passa anualmente a sua noite na Capela construída em honra de Santo Antão (na Ramalha), de frente para a porta, prontinho a regressar a "casa", logo no dia seguinte...
Há largos anos atrás, nessa noite, aí se concentravam os populares vindos dos vários bairros e era festa rija, pela noite dentro: fogueiras, comes e bebes, bailaricos e namoricos...
A cidade cresceu, mudou. Urbanizou-se, definitivamente. Encontraram-se espaços alternativos. Os festejos deslocaram-se para Cacilhas. 
S. João, mais idoso, repousa, tranquilo, longe da multidão... 
Esta desce até ao Tejo, decidida a divertir-se...  (Alguém falou em crise?!...)















Pela marginal, passam movimentadas marchas populares, cheias de cor, música, dança; entusiasmo, alegria... 

E há mais: não faltam comes e bebes, reencontros de amigos, bailaricos... namoricos... 
Festa rija. Emoções. Momentos felizes. Hoje como então.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Manjerico em flor


Tempo de solstício... Aproxima-se a noite de S. João.
Vem aí o Verão, os dias mais longos do ano, muita festa e tradição...

Manjerico com uma quadra não é novidade...
Mas um manjerico florido é motivo de admiração!
E que perfume! Tão intenso, tão especial...

Que bonito está o meu jardim!
Para mais, perfumado assim!...

sábado, 19 de junho de 2010

Festas na Cidade...

Chega Junho, sobram sol e calor... cheira a mar, a manjericos e a sardinha assada... 
S. João vai do castelo até à Ramalha, na sua noite, e oferece-nos um feriado. 
A festa, essa, dura pelo mês fora... 
Hoje muita coisa aconteceu, pena é ter de se optar! Ou isto ou aquilo...

Desde manhã, Burricadas, entre Cacilhas e a Cova da Piedade, com paragem para um piquenique no Parque da Cidade. Mantas sobre a relva, cestos de verga, comes e bebes, música popular e bailarico... 
Entretanto, o olhar é desviado para momentos especiais...



À tarde, Caldeirada: espectáculo circense na Praça MFA (Teatro Extremo). Uma divertida história que girou em torno do centenário do Corpo de Bombeiros Voluntários e da mostra da sua 1ª viatura...
 


A animação promete continuar...


(Fotografia: Nikon D60, Manuela Caeiro)

Um adeus a Saramago


 "Um escritor é um homem como os outros: sonha."

José Saramago (1922-2010)

“A história acabou, não haverá nada mais que contar”. (Caim)


"Saramago, herdeiro de Borges, Kafka e Pessoa
O profeta desarmado. O escritor que nunca se escondeu. A voz dos humildes. A voz dos pobres. Consciência da literatura, voz com consequência. Exigência estética e compromisso ético. A generosidade quixotesca. Um trunfo para a língua portuguesa. (...)" 
Sena Santos, Assim vai o Mundo, 19/6/2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

Uma boa defesa...

Guarda-redes? Esperem pelo João... 
Nem sequer é preciso relvado!... :-)