domingo, 13 de maio de 2012

Fotografia: histórias verídicas...

O conjunto de fotografias da World Press Photo 2012, exposto em Lisboa, no Museu da Eletricidade, até 20 de maio próximo, recorda-nos acontecimentos reais ocorridos em 2011, registados por câmaras de jornalistas. Estes acorreram ao sítio exato em que a notícia aconteceu e foram testemunhas indesmentíveis dos factos. 
O ano foi pleno de convulsões sociais e catástrofes naturais que, naturalmente, ali revemos, de forma nua, crua... e "fantástica". Como foi possível?!, Qual o ângulo?!... Facilmente percebemos os enormes riscos corridos muitas vezes pelos fotojornalistas que as captaram para nos informar.
Ressalta a manutenção de seculares tradições sem sentido, obscurantismo, intolerância, desrespeito pela vida de animais e do nosso semelhante, pelo mundo fora... Aquelas fotos são, com frequência, imagens de revolta, ódio, violência, prepotência, crueldade, terror, dor... 
Para nosso consolo, apenas a fotorreportagem do marido idoso que cuida desveladamente da sua esposa (incurável)..., retratos de sobrevivência..., momentos de lazer ou de evasão..., alguém que, no meio da total destruição e adversidade, regista um enorme grito de resistência: Vamos aguentar!
Tudo aquilo ocorreu, está a acontecer, prepara-se e poderá vir a suceder. São histórias verídicas; são História. A mentalidade humana surpreende-nos: progride, regride, avança e recua, contemporaneamente, nos vários continentes...
Uma Humanidade desumana, afinal!... 
Teimosamente, buscamos uma saída para tanto pessimismo: as boas notícias raramente são notícia... Mas ocorrem, sim. Diariamente.
 "Vamos aguentar!"


World Press Photo: aqui.





3 comentários:

BE/CRE disse...

Olhares...
Nós éramos dois olhares convergentes...
Observando o mundo como ele é!
Muitas das vezes cruel, mas com uma chama cintilante, mas periclitante da esperança...
Quem dera que fossemos "deusas" e conseguíssemos salvar e mudar certas realidades!
Permanece contudo o olhar crítico e humano que transporta ventos de mudança, que passa de geração em geração, semente que germina e amadurece abrançando a nossa humanidade!
Grande abraço!
Da amiga feli

BE/CRE disse...

Olhares...
Nós éramos dois olhares convergentes...
Observando o mundo como ele é!
Muitas das vezes cruel, mas com uma chama cintilante, mas periclitante da esperança...
Quem dera que fossemos "deusas" e conseguíssemos salvar e mudar certas realidades!
Permanece contudo o olhar crítico e humano que transporta ventos de mudança, que passa de geração em geração, semente que germina e amadurece abrançando a nossa humanidade!
Grande abraço!
Da amiga feli

Manuela Caeiro disse...

Olá, Feli!
Realmente, ainda bem que lá fomos juntas! Com tempo para observarmos e lermos tudo sem pressas... Com o natural desejo de debater angústias e pontos de vista, à saída...
Tu, mulher de cultura, de convicções, reflexiva e combativa, escreves depois assim: és também poeta! E, professora de História, dás-me ainda mais uma lição: «Permanece contudo o olhar crítico e humano que transporta ventos de mudança, que passa de geração em geração, semente que germina e amadurece abraçando a nossa humanidade!» Aqueles olhares fotográficos são isso, Feli. Grande abraço!