terça-feira, 21 de novembro de 2023

Olá!

Olá!, palavra musical, breve.

E vejam bem como esta palavrinha ganhou relevo ao celebrar-se hoje o Dia Mundial do Olá. (Efetivamente, tal como tudo o resto, as palavras não se medem aos palmos.)

Este cumprimento curto é suficiente para estabelecer a comunicação com outrem, ainda que seja um desconhecido, dando a sensação de proximidade com quem nos saúda, talvez proferido num tom alegre e sorridente. De repente, faz-nos sentir bem-vindos. E seguimos mais otimistas, cada qual no seu caminho, sem mais palavra. Tanto basta.

Fala-se hoje em dia de epidemia da solidão. Apela-se a usarmos este simples cumprimento que por si só constitui uma ajuda preciosa para evitar o isolamento (e depressão) de jovens e, mais ainda, de idosos. Para estimular laços sociais, afetivos. 

Quem não se lembra dos "bons-dias" que trocávamos ao cruzarmo-nos com gente da aldeia dos avós? 

Vivi uma experiência idêntica em Bolton (Reino Unido). O inglês para cá, eu para lá, a palmilhar terra desconhecida, e como me senti bem ao ouvi-lo: "´mo´ning"! (Tal e qual, neste jeito abreviado de pronunciar...)

Declino o "Olá", que considero demasiado familiar. Talvez por estas memórias, opto pelo "bom-dia" ou "boa-tarde" ao cruzar-me com gente em pedovias, sejam portugueses ou estrangeiros, quer em estrada ou num parque. Mesmo em Lisboa. Na verdade, a resposta é sempre viva e prazenteira. Comprovo o seu poder!


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