O ano novo, brincadeiras infantis, histórias e História, Cavaleiros, guerra e paz: um pouco de tudo em cada sessão. Assim começou, em 2020, o Ler a meias...
O poema Árvores, de Roseana Murray (poetisa brasileira), causou emoção. Plantar palavras doces que espalhariam a paz no mundo!... (Acabei por prometer publicá-lo, para o relerem.)
Devo um pedido de desculpas à autora. Introduzi duas palavrinhas (in)discretas, crendo servir melhor a compreensão, no meu papel de mediadora.
Perdão, Roseana Murray!
Eis o poema (com as ditas palavras entre parênteses. E também com troca de dois sinais de pontuação. Foi tal e qual assim que o li, repetidamente, em voz alta.)
Árvores
como se planta uma árvore,
(cresceriam) tantos frutos invisíveis
contidos em seu silêncio,
tanta sombra ao meio-dia
em seu futuro,
(Plantar) palavras simples e quentes:
amor, pão, mel, encontro...
As sementes seriam aladas,
e o vento varreria o jardim.
Então, pouco a pouco,
atravessando montanhas,
mares, cidades,
a PAZ cobriria o mundo.
Murray, Roseana, Rios de alegria, Editora Moderna, 2012
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