Num cacilheiro, abordam-me:
- Desculpe, mas a senhora não é a professora Manuela Caeiro?
- Sim...
O rosto era-me familiar. Não admira que não a reconhecesse de imediato: já se passaram tantos anos! (Talvez vinte, trinta?...)
Abriu-se-lhe um sorriso de alegria e os olhos demonstraram visível comoção.
Alice Vieira e eu temos um cantinho no coração desta senhora: associa Rosa, minha irmã Rosa à memória das nossas aulas de Português...
Ousei dizer-lhe:
- Mas tive a sensação que, ao ler esse livro, eu não conseguia captar a atenção geral da turma! Lembro-me que uma colega minha opinou ser uma obra mais indicada para leitura autónoma... e eu concordei!...
- Mas era a maneira como nos lia!... - E o movimento das mãos parecia rebuscar a memória. - Eu adoro esse livro! Comprei-o... ainda hoje o tenho.
As suas palavras emocionadas transbordavam de afeto pelo livro, pelas aulas...
(Como não ficar, também eu, comovida?)
Fizemos a viagem lado a lado. Falámos ao longo da travessia. Histórias de vida. Histórias da turma; laços de amizade que mantêm vivos; atitudes solidárias em momentos difíceis, entre si. Até hoje!
O barco atracou.
Cada uma foi à sua vida.
Como não ficar a sentir..., a matutar?...
O que melhor plantei entre as crianças foram palavras..., as minhas e as dos escritores... (Saberão hoje alguma coisa de categorias de textos, de conceitos gramaticais? Nem sequer são os mesmos!!!)
O melhor currículo que a escola pode dar aos jovens não será porventura este, o oculto? A integração social, o valor da amizade e da solidariedade...?
Tanto programa, tanto plano, tanta lufa-lufa... e afinal...
Ler, citar, contar, escrever... Partilhar experiências de mediação de leitura e de vida...
segunda-feira, 28 de abril de 2014
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Liberdade, segundo Cecília...
«Deve existir nos homens um sentimento profundo que corresponde a essa palavra LIBERDADE, pois sobre ela se têm escrito poemas e hinos, por ela se tem até morrido com alegria e felicidade.
Diz-se que o homem nasceu livre, que a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade de outrem; que onde não há liberdade não há pátria; que a morte é preferível à falta de liberdade; que renunciar à liberdade é renunciar à própria condição humana; que a liberdade é o maior bem do mundo; que a liberdade é o oposto à fatalidade e à escravidão; nossos bisavós gritavam “Liberdade, Igualdade e Fraternidade!”. Nossos avós cantaram: “Ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil!”; nossos pais pediam: “Liberdade! Liberdade! – abre as asas sobre nós”, e nós recordamos todos os dias que “o sol da liberdade em raios fúlgidos – brilhou no céu da Pátria…” – em certo instante.
Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade há muito tempo, com disposições de cantá-la, amá-la, combater e certamente morrer por ela.
Ser livre – como diria o famoso conselheiro… – é não ser escravo; é agir segundo a nossa cabeça e o nosso coração, mesmo tendo que partir esse coração e essa cabeça para encontrar um caminho… Enfim, ser livre é ser responsável, é repudiar a condição de autônomo e de teleguiado – é proclamar o triunfo luminoso do espírito. (Supondo que seja isso.)
Ser livre é ir mais além: é buscar outro espaço, outras dimensões, é ampliar a órbita da vida. É não estar acorrentado. É não viver obrigatoriamente entre quatro paredes.
Por isso, os meninos atiram pedras e soltam papagaios. A pedra inocentemente vai até onde o sonho das crianças deseja ir. (Às vezes, é certo, quebra alguma coisa, no seu percurso…).
Os papagaios vão pelos ares até onde os meninos de outrora (muito de outrora!…) não acreditavam que se pudesse chegar tão simplesmente, com um fio de linha e um pouco de vento!…
Acontece, porém, que um menino, para empinar um papagaio, esqueceu-se da fatalidade dos fios elétricos e perdeu a vida.
E os loucos que sonharam sair de seus pavilhões, usando a fórmula do incêndio para chegarem à liberdade, morreram queimados, com o mapa da Liberdade nas mãos!…
São essas coisas tristes que contornam sombriamente aquele sentimento luminoso da LIBERDADE. Para alcançá-la estamos todos os dias expostos à morte. E os tímidos preferem ficar onde estão, preferem mesmo prender melhor suas correntes e não pensar em assunto tão ingrato.
Mas os sonhadores vão para a frente, soltando seus papagaios, morrendo nos seus incêndios, como as crianças e os loucos. E cantando aqueles hinos que falam de asas, de raios fúlgidos – linguagem de seus antepassados, estranha linguagem humana, nestes andaimes dos construtores de Babel…»
Cecília Meireles, Liberdade, in Escolha o seu sonho, Record, Rio de Janeiro, 1964
Queres escutar este texto, em português do Brasil? É aqui.
Imagem retirada da NET, Agrupamento de Escolas de Carnaxide.
Imagem retirada da NET, Agrupamento de Escolas de Carnaxide.
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Literatura Brasileira
terça-feira, 22 de abril de 2014
"Ou isto ou aquilo"
Surpreendem-nos as figuras públicas que expõem desabridamente as marcas progressivas dos seus anos vividos.
Numa sociedade que privilegia a juventude e a beleza, aparentar sê-lo é forte tentação. É forte a pressão. Mas ou se pode ou não. E ou se quer ou não.
Verdade é que ou se morre jovem, abruptamente... ou envelhecemos, inexoravelmente.
Ou aceitamos limitações, rugas e cabelos grisalhos (um processo inevitável e natural)... ou disfarçamos afincadamente a idade, recorrendo talvez a soluções de resultado duvidoso...
Dignos de admiração são séniores que se mantêm dinâmicos, com projetos pessoais e sociais, que não se furtam a atividades culturais e desportivas, a convívios, alguns resistindo a dificuldades, acudindo a tudo e todos, exemplos de coragem, verdadeiros super-heróis do quotidiano.
Somos muitos, cada vez mais. Um problema ou uma mais-valia?
Vi, casualmente, fotos recentes de Joan Baez. 73 anos. Uma vida cheia.
Compositora, cantautora, ativista, pintora.
50 anos de carreira musical celebrada em 2008. Em 2010, atuou em Portugal, na Casa da Música e no Coliseu de Lisboa.
Forever young? Talvez não.
Cérebro, corpo, emoção...
Sempre bela.
Ou não?...
Numa sociedade que privilegia a juventude e a beleza, aparentar sê-lo é forte tentação. É forte a pressão. Mas ou se pode ou não. E ou se quer ou não.
Verdade é que ou se morre jovem, abruptamente... ou envelhecemos, inexoravelmente.
Ou aceitamos limitações, rugas e cabelos grisalhos (um processo inevitável e natural)... ou disfarçamos afincadamente a idade, recorrendo talvez a soluções de resultado duvidoso...
Dignos de admiração são séniores que se mantêm dinâmicos, com projetos pessoais e sociais, que não se furtam a atividades culturais e desportivas, a convívios, alguns resistindo a dificuldades, acudindo a tudo e todos, exemplos de coragem, verdadeiros super-heróis do quotidiano.
Somos muitos, cada vez mais. Um problema ou uma mais-valia?
Vi, casualmente, fotos recentes de Joan Baez. 73 anos. Uma vida cheia.
Compositora, cantautora, ativista, pintora.
50 anos de carreira musical celebrada em 2008. Em 2010, atuou em Portugal, na Casa da Música e no Coliseu de Lisboa.
Forever young? Talvez não.
Cérebro, corpo, emoção...
Sempre bela.
Ou não?...
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Ciências da Leitura, Leituras da Ciência...
Sim, estive lá!
O que faz uma aposentada, de Letras, num evento destes? Evidentemente: forma-se, reforma-se...

Sim, interessa-me!
Como sempre, preenchi-me com o verde e a luz coada e serena da Gulbenkian.
Segui atentamente as comunicações de diversos painéis de gente de Ciência: o linguista, físicos, matemáticos, psicólogos... Apreciei produtos de trabalhos práticos; resultados de pesquisas. Diverti-me. Cresceram-me curiosidades e motivos de reflexão.
Sim! Para Ler a meias, recorro sobretudo a narrativas e poemas. Nos dois primeiros anos (em que o projeto envolveu duas turmas, com periodicidade quinzenal), era ponto assente que a tipologia de textos teria de ser variada: incluí regularmente textos informativos. Na pressa das sessões mensais, descurei esse propósito.
Eu própria não sou literata em Ciência, reconheço.
Não! Não me é pedido mais... Sossegaram-me, até.
Leio. Partilho leituras apaixonadamente.
E dizem os estudiosos, partindo da análise de Inquéritos anónimos a estudantes, que esta atitude por parte do adulto influencia mais o gosto de ler dos jovens do que terem uma casa apinhada de livros ou sem nenhum.
Ainda bem!
terça-feira, 1 de abril de 2014
Semanas da Leitura: férias à vista...
Faltava, pois, o 4ºB. Pronto, já está!
Com os mesmos objetivos, fizemos nova caminhada pela Educação Ambiental, através da ilustração de Bernardo Carvalho e a narrativa rimada de Isabel Minhós Martins.
Saltitámos de poema em poema, de poeta em poeta, entre risos e conversas sérias.
Respondam-me a esta pergunta de António Manuel Couto Viana:
(...) Se fosses uma nuvem ao luar,
serias um novelo de algodão,
a cama para um anjo adormecer,
um cordeirinho do ar,
ou soltarias o raio e o trovão
e farias chover, chover, chover? (...)
Teríamos mesmo de chover, regar as plantas, tornar os frutos sumarentos, não acham?!... ("...o sol peca quando, em vez de criar, seca...")
A turma criou também os seus versos:O Mundo é mesmo sortudo
Ele cuida bem do Ambiente
Isso é bom para toda a gente!
(Grande Ricardo!)
Despediram-se animadamente:
- As histórias eram muito bonitas!...
- Onde se pode comprar este livro?
- E aquele?
- E o outro?
Houve gostos para tudo...
Missão cumprida!
Ler a meias... mesmo a meias...
1, 2, 3...: foi a 3ª vez que nos encontrámos.
Como acabaria a história O Sr. Milhões - que deixámos a meio, na 2ª sessão?...
Os meninos do 2ºB do "Pragal" ficaram de imaginar o fim e hoje tinham trabalhos de grupo para apresentar.
Nas suas histórias, cheias de imaginação, todas diferentes, fez-se justiça! Gostei! Para mais, leram tão bem!... Palmas!
E então escutaram o resto da história de Luísa Ducla Soares, com uma lição bem mais dura... Concordaram: «Bem feito!».

Tempo de poesia:
Seguiram-se momentos de pura diversão com versos de José Fanha, Natércia Rocha, António Torrado...
Muitos sorrisos naquelas carinhas, ao desejar "Boas férias!"...
Apresento-vos José Fanha, o próprio!...
Como acabaria a história O Sr. Milhões - que deixámos a meio, na 2ª sessão?...
Nas suas histórias, cheias de imaginação, todas diferentes, fez-se justiça! Gostei! Para mais, leram tão bem!... Palmas!
E então escutaram o resto da história de Luísa Ducla Soares, com uma lição bem mais dura... Concordaram: «Bem feito!».
Tempo de poesia:
Seguiram-se momentos de pura diversão com versos de José Fanha, Natércia Rocha, António Torrado...
Apresento-vos José Fanha, o próprio!...
segunda-feira, 31 de março de 2014
A Primavera brincou às escondidas com a poesia...
Na biblioteca dos "Caranguejais", reinou a Primavera, a Ler a meias...
Entrou por ali dentro o Sol, lançámos sementes à terra, cresceram caules, folhas, grandes árvores a dar sombra e com ninhos de passarinhos..., flores e frutos saborosos! E depois? Depois, tudo acaba com A cambalhota: as sementes vão novamente sair dos frutos e voltar a germinar... (São lindas as ilustrações de Fátima Afonso para este livro de Maria de Lourdes Soares.)
Deste modo, demos um saltinho às Ciências, mas logo passámos à Poesia.
Era a vez dos meninos (do 2ºA): escolheram livros, espalharam-se pela sua biblioteca, assinalaram as suas poesias preferidas, leram-nas a pares...
Não acabou!
(Chiu! Por enquanto é segredo...)
Boas férias da Páscoa!
Bibliografia:
Maria de Lourdes Soares, A cambalhota, Paulinas
Alexandre Parafita, Histórias a rimar para ler e brincar, Texto
António Manuel Couto Viana, Versos de cacaracá, Litexa
Cecília Meireles, Ou isto ou aquilo, Nova Fronteira
José Fanha, Cantigas e cantigos para formigas e formigos, Terramar
Luísa Ducla Soares, A gata Tareca e outros poemas levados da breca, Teorema
Maria Cândida Mendonça, A cor que se tem, Plátano
Matilde Rosa Araújo, O livro da Tila, Caminho
Sidónio Muralha, Bichos, bichinhos e bicharocos, Livros Horizonte
terça-feira, 25 de março de 2014
De volta à "Anselmo"...
Festeja-se a Quinzena da Leitura, na EB 2.3 Anselmo de Andrade.
Por isso voltei: para Ler a meias..., em seis encontros marcados, ao longo desta semana.
Século (e meio) de Literatura Infantil e Juvenil, no espaço da Lusofonia: eis o tema.
Para saltitarmos entre Europa, América do Sul, África e Oceania, os autores lidos foram João de Deus, José Fanha, Afonso Cruz, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sylvan, José Luandino Vieira, Manuel Rui, Ondjaki... uns ao 5º ano e outros ao 6º, conforme a reação e o tempo disponível.
Alternámos entre poesia e narrativa, em português - com e sem sotaque.
Não nos esquecemos dos ilustradores...
As primeiras sessões dirigiram-se ao 5ºA e 5ºE.
Uma das turmas participou mais ordenadamente do que a outra, mas constatei que todos se envolveram nesta atividade de leitura, intervindo, dando opiniões, sugerindo desfechos para a ação, confrontando-os com os acontecimentos das histórias..., com entusiasmo.
O 5ºA teve tempo para fazer a avaliação da sessão e deu-me razão: qualquer um dos autores (João de Deus, Drummond de Andrade, José Fanha, Luandino Vieira) mereceu a preferência de algum dos jovens presentes; e não houve nenhuma leitura que me aconselhassem a retirar, em sessões futuras!
Não poderia receber melhor incentivo, não acham?...
Chegou a vez do 5ºC.
Houve diferenças...
Afonso Cruz retirou a vez a José Fanha e esteve presente, com o álbum A contradição humana.
Foram outros os poemas de Carlos Drummond de Andrade que lemos: Suas mãos, Brincar na rua... (muito apreciados!)
De resto, tudo igual...
No final, os meninos demonstraram bem o seu agrado e, a seu pedido, acabaram cantando a canção da fábula... em kimbundo!!!
O incentivo para repetir mantém-se...

Mais uma vez, no 6º ano, se alternaram séculos, continentes, géneros literários..., momentos divertidos e emotivos.
Por isso voltei: para Ler a meias..., em seis encontros marcados, ao longo desta semana.
Século (e meio) de Literatura Infantil e Juvenil, no espaço da Lusofonia: eis o tema.
Para saltitarmos entre Europa, América do Sul, África e Oceania, os autores lidos foram João de Deus, José Fanha, Afonso Cruz, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sylvan, José Luandino Vieira, Manuel Rui, Ondjaki... uns ao 5º ano e outros ao 6º, conforme a reação e o tempo disponível.
Alternámos entre poesia e narrativa, em português - com e sem sotaque.
Não nos esquecemos dos ilustradores...
1º dia, 25 de março
As primeiras sessões dirigiram-se ao 5ºA e 5ºE.
Uma das turmas participou mais ordenadamente do que a outra, mas constatei que todos se envolveram nesta atividade de leitura, intervindo, dando opiniões, sugerindo desfechos para a ação, confrontando-os com os acontecimentos das histórias..., com entusiasmo.
O 5ºA teve tempo para fazer a avaliação da sessão e deu-me razão: qualquer um dos autores (João de Deus, Drummond de Andrade, José Fanha, Luandino Vieira) mereceu a preferência de algum dos jovens presentes; e não houve nenhuma leitura que me aconselhassem a retirar, em sessões futuras!
Não poderia receber melhor incentivo, não acham?...
Chegou a vez do 5ºC.
Houve diferenças...
Afonso Cruz retirou a vez a José Fanha e esteve presente, com o álbum A contradição humana.
Foram outros os poemas de Carlos Drummond de Andrade que lemos: Suas mãos, Brincar na rua... (muito apreciados!)
De resto, tudo igual...
No final, os meninos demonstraram bem o seu agrado e, a seu pedido, acabaram cantando a canção da fábula... em kimbundo!!!
O incentivo para repetir mantém-se...
3º dia, 27 de março
Foi a vez do 5ºB.
Com estes jovens (vá-se lá saber porquê!) o tempo esticou: lemos Afonso Cruz e José Fanha, mais a fábula de José Luandino Vieira. E (alternadamente) demos uma volta à Lusofonia, em poesia: João de Deus, Carlos Drummond de Andrade, Daniel Filipe, Francisco José Tenreiro, José Craveirinha...
Gostaram "de tudo", mas sobretudo das narrativas e do álbum... (José Fanha em especial, verdade seja dita...)
Mais uma vez, no 6º ano, se alternaram séculos, continentes, géneros literários..., momentos divertidos e emotivos.
Ambas as turmas, já minhas conhecidas, se divertiram com o enredo/leitura de excertos de Quem me dera ser onda e A bicicleta que tinha bigodes, dos autores angolanos Manuel Rui e Ondjaki, respetivamente.
Impressionaram-se com o poema do timorense Fernando Sylvan, Meninas e meninos; com Miséria, de João de Deus.
Riram com Afonso Cruz e Drummond de Andrade: Quadrilha, No meio do caminho...
Uma viagem saltitante, nesta animada partilha de leituras.
As despedidas foram de "velhos amigos" - que realmente somos!
Notas:
1) Trabalho idêntico ao já realizado em outras turmas de 2º ciclo de uma outra escola, na passada semana.
2) Já sabem: a biblioteca escolar tem vários destes títulos e irá adquirir alguns outros... Calma! Entretanto, não se esqueçam da Biblioteca Municipal ou mesmo das livrarias... Boas leituras!
1) Trabalho idêntico ao já realizado em outras turmas de 2º ciclo de uma outra escola, na passada semana.
sábado, 22 de março de 2014
Ler a meias… na “Conceição e Silva”…
A preparação constituiu tarefa ciclópica!... Rebusquei
estantes, li, reli, pesquisei… Esgotado o tempo de preparação, nada a fazer, compromisso é
compromisso, era chegada a hora de decidir quais as obras, o alinhamento… E, à
hora marcada, inseguranças à parte, tudo estava ok!
Ninguém diria que causou tanta hesitação. (Olhando para
trás, nem a mim me parece!...)
Tudo óbvio:
João de Deus, 1ª leitura (obrigatória):
Joaninha, Miséria…
Um saltinho ao Brasil, poesia de Carlos Drummond de Andrade: Revolta…
Alguns capítulos de O meu amigo Zeca
Tum-Tum e os outros...: bons momentos, a meias com José Fanha e com o 5ºC!…
Em vez disso, o álbum A contradição humana, deu que pensar ao 6ºF…
A feliz surpresa foi a boa aceitação que mereceu a fábula angolana…
(Na dúvida, dera ao 6º ano a hipótese de escolherem um
conto de Ondjaki - que foi preterido.)
A fábula de José Luandino
Vieira surpreendeu e agradou a miúdos e graúdos, apenas gerando reflexões e reações
diversas, oportunas.
Ou seja, provou-se que
etiquetar histórias por idades e anos letivos pode constituir um entrave e uma
grande perda!
Não podia faltar a sugestão de visita à Ilustrarte
2014. Vêm aí as férias!
Despedidas encorajadoras!...
Soube bem…, para mais sendo na “minha escola", onde sobeja o afeto de todos.
Um abraço!
(A experiência correu bem, logo... a receita foi repetida na semana seguinte, no 2º Ciclo, numa outra escola... Tudo igual e tudo diferente!...)
Vídeo da Semana da Leitura, no blogue da escola.
Vídeo da Semana da Leitura, no blogue da escola.
Bibliografia:
Afonso Cruz, A contradição humana, Caminho
Carlos Drummond de Andrade, A senha do mundo, Dinalivro
João de Deus, Campo de flores, Livraria Bertrand;
Versos de João de Deus,
Portugalmundo
José Fanha, O meu amigo Zeca Tum-Tum e os outros,
Gailivro
José Luandino Vieira,
Kaputu Kinjila e o sócio dele Kambaxi
Kiaxi (Uma fábula angolana), Letras & Coisassexta-feira, 21 de março de 2014
Com duas turmas de 4º ano, na Cova da Piedade 2...
Primeiro o 4ºA, da
professora Helena Salvado; em seguida o 4ºB, da professora Cláudia Guerreiro – assim
viajámos juntos, a Ler a meias…, na
Semana da Leitura.
Uma viagem através de um século
(e meio) de Literatura Infantil, em português…
Uma viagem através do
espaço da Lusofonia: Portugal, Angola, Brasil…
O percurso foi semelhante,
em ambas as turmas, mas o 4ºA teve ainda tempo para folhear um velho livro de
João de Deus, daqueles que dantes se abriam com serra-livros!
Deixei-lhes a sugestão de uma visita à Ilustrarte 2014 (até 13 de abril).
Fizemos verdadeiramente uma
viagem maravilhosa em que todos aprendemos e nos divertimos muito.
Agradeceram-me.
Fico grata, também.
Só uma coisinha mais: dantes
a escola destes meninos pertencia ao AVE Comandante Conceição e Silva; hoje,
pertence ao Mega-Agrupamento António Gedeão. Acolheu-me o Professor
Bibliotecário Domingos, com a mesma simpatia com que sempre me recebeu a PB Leonor
Fernandes… (Todos lhe mandam beijinhos… Ficam entregues!)
Bibliografia:
Cecília Meireles, Ou isto ou aquilo, Nova Fronteira
João de Deus, Campo de flores, Livraria BertrandJosé Luandino Vieira, Kaputu Kinjila e o sócio dele Kambaxi Kiaxi (Uma fábula angolana), Letras & Coisas
quarta-feira, 19 de março de 2014
Na Semana da Leitura do Pragal, uma surpresa ao 4º A
A turma 4º
A, da professora Conceição, teve uma surpresa ao receber-me. Feitas as apresentações,
reinava a curiosidade…
Falando-se de escritores e ilustradores, mostrei-lhes, a propósito, cartazes da Ilustrarte 2014 e
ficou dada a sugestão de uma visita (gratuita) ao Museu de Eletricidade – até 13
de abril.
Lemos então O rapaz que gostava de aves (e de
muitas outras coisas). Concordámos: Grande
Ricardo! E decidimos fazer como ele: cada vez mais empenhados em saber, fazer
pesquisas e… preservar o Ambiente.
Terminámos
com poemas de O meu primeiro álbum de
poesia: Plantar uma floresta, de Luisa Ducla Soares; As pedras, de Maria Alberta Menéres; Mistérios da escrita, de Álvaro Magalhães; e ainda um poema de Cecília
Meireles, A língua de nhem.
Comentários sobre as leituras, informações sobre os autores... - uma hora dá para muito! Já que “As
pedras falam, pois falam!”, ficou essa proposta de escrita.
- Vai
voltar? – era a pergunta ouvida, na hora da despedida…
Uma turma simpática!
Bibliografia:
Alice Vieira (sel.), O meu
primeiro álbum de poesia, Dom Quixote
Cecília Meireles, Ou isto ou aquilo, Nova Fronteira
Isabel Minhós Martins (texto) e Bernardo Carvalho (ilustrações), O rapaz que gostava de aves (e de muitas outras coisas), Planeta Tangerina
Isabel Minhós Martins (texto) e Bernardo Carvalho (ilustrações), O rapaz que gostava de aves (e de muitas outras coisas), Planeta Tangerina
Na Semana da Leitura do Pragal, com o 3º A
Dei a escolher uma de entre quatro narrativas, falei brevemente do
seu tema… e os meninos votaram na Maria
Teias, a aranha da família.
Uma aranha como protagonista?! Nem mais!
Não foi por unanimidade, isso não. E porquê? Uns gostam
de histórias e filmes de terror, com aranhas à mistura… Outros têm pavor de
aranhas peludas, teias pegajosas, evocam sustos e traumas…
Gostaram mesmo da história: um pai que parte, os filhos
que ficam, saudades, comunicações por Skype, viagens para lá e para cá, mosquitos
africanos e portugueses, uma aranha discreta e protetora… Afinal, passaram a
conhecer melhor este bichinho… e a sentir por ele mais simpatia.
Para terminar, da antologia O meu primeiro álbum de poesia, leram-se poemas de Violeta Figueiredo (A aranha)
e António Torrado (O ovo da galinha).
As “histórias da minha rua” (que combinámos escrever na nossa 1ª
sessão) continuam à espera.
O Luca perguntou-me se eu também iria escrever
uma. Prometi!
Despedimo-nos alegremente: “Até para o mês que vem!”
Bibliografia:
Alice Vieira (sel.), O meu
primeiro álbum de poesia, Dom Quixote
Francisco Alegre Duarte
(texto) e Cláudia Mariz (ilustrações), Maria Teias, a aranha da família,
Edições Nelson de Matos, Coleção Biblioteca Infantil
terça-feira, 18 de março de 2014
Ler a meias... nas Semanas da Leitura...
Acompanham-nas o sol ameno, as folhinhas verdes que despontam, flores, perfumes, ninhos..., tornando-se irresistível celebrar a poesia e a Primavera. O tema porém é outro: 800 anos da literatura portuguesa.
Adaptando-me ao público-alvo do 1º e 2º ciclos, atenho-me a Um século (e meio) de literatura infantojuvenil do mundo lusófono. Ora o pano dá (mesmo) para mangas!...
Objetivo ambicioso e infindável pesquisa...
Uma certeza: o desejo de contribuir, com um grãozinho minúsculo, para esse objetivo comum de promover o livro e a leitura, colaborando (talvez) na formação de leitores autónomos.
(...Tudo vale a pena / se a alma não é pequena...)
.../...
Sessões realizadas:
4º ano
5º e 6º anos - na EB2 Conceição e Silva, Cova da Piedade (Almada)
5º e 6º anos II - na EB 2.3 Anselmo de Andrade
.../...
Imagens da NET: cartaz do Plano Nacional de Leitura; Foto do blogue Nova Águia (Sociedade da Língua Portuguesa)
segunda-feira, 10 de março de 2014
Lendo a meias, entre escritores e cantores…
Voltei à mesma turma de 2º ano dos “Caranguejais” e fui recebida
carinhosamente…
Levava no saco um livro de Sílvia Alves: E tu, gostas de histórias?
Esta narrativa simples, rica de elementos paratextuais, ilustrada com exuberância e cor por Susana Leite, abriu portas para conversas sérias e lançou
pontes em várias direções...
O flautista de Hamelin,
lembram-se? Alguns meninos conheciam, só que não se recordavam bem…, mas como havia
o livro na biblioteca, um deles leu essa história à turma…
- E Fernando Pessoa? – quis eu saber. - Não…, mas ficaram a
conhecer! Ofereceram-se e leram pequenos poemas do nosso grande
poeta.
- E José Afonso? Nem todos sabiam... Mas com um computador ali
à mão, ligado à Internet, e com a professora bibliotecária Margarida Pinho ao pé, foi fácil!
Ouviu-se O comboio descendente pela voz do Zeca, seguido por um coro tímido de meninos.
- Ele também canta a Grândola…
– acrescentou um dos pequenos...
Pois foi assim que esta sessão acabou - com emoção, muito alegremente!
Tenho a certeza que Sílvia Alves gostaria de lá ter
estado ao vivo! Nós gostámos tanto, tanto!...
(Já estamos no blogue da escola!...)
Bibliografia:
Sílvia Alves, E tu, gostas de histórias?, Paulinas
Manuela Júdice, O meu primeiro Fernando Pessoa, Dom Quixote
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Ler a Meias... negociatas feias...
Voltámos ao Pragal, com cágados e outros animais...
Kaputu Kinjila e o sócio dele Kambaxi Kiaxi (Uma fábula angolana), de José Luandino Vieira, proporcionou farta diversão... e gerou forte discussão!
O contrato da ave e do cágado não resultou: Kaputu Kinjila foi ambicioso e desonesto; a reação de Kambaxi Kiaxi foi dura! Uns meninos acharam-na justa; outros pensaram que não seria necessário chegar a tanto!... Falou-se de prisão e de pena de morte, vejam lá!... Isto tudo no 3º ano, onde se contou uma história que veio a propósito... e pronto, acabou o tempo!...
No 2º ano, a conversa foi mais breve, portanto leu-se mais:
- versos de Sidónio Muralha: Macacos (uma zanga por uma ninharia!...);
- O senhor Milhões, de Luísa Ducla Soares (não se esqueçam, falta agora imaginar um final para esta história!...)
Ainda observámos ilustrações de José Luandino Vieira, Júlio Pomar, e as de um velhinho livro infantil... Que diferença!
Eu gostei de ir à escola e de estar com os meninos...
Eles gostaram de me receber.
Despedimo-nos alegremente:
«Até para o mês que vem!...»
Bibliografia:
José Luandino Vieira, Kaputu Kinjila e o sócio dele Kambaxi Kiaxi (Uma fábula angolana), Letras & Coisas
Luísa Ducla Soares, O meio galo, ASA
Sidónio Muralha, Bichos, bichinhos e bicharocos, Coleção Pássaro Livre, Livros Horizonte
Kaputu Kinjila e o sócio dele Kambaxi Kiaxi (Uma fábula angolana), de José Luandino Vieira, proporcionou farta diversão... e gerou forte discussão!
O contrato da ave e do cágado não resultou: Kaputu Kinjila foi ambicioso e desonesto; a reação de Kambaxi Kiaxi foi dura! Uns meninos acharam-na justa; outros pensaram que não seria necessário chegar a tanto!... Falou-se de prisão e de pena de morte, vejam lá!... Isto tudo no 3º ano, onde se contou uma história que veio a propósito... e pronto, acabou o tempo!...
No 2º ano, a conversa foi mais breve, portanto leu-se mais:
- versos de Sidónio Muralha: Macacos (uma zanga por uma ninharia!...);
- O senhor Milhões, de Luísa Ducla Soares (não se esqueçam, falta agora imaginar um final para esta história!...)
Ainda observámos ilustrações de José Luandino Vieira, Júlio Pomar, e as de um velhinho livro infantil... Que diferença!
Eu gostei de ir à escola e de estar com os meninos...
Eles gostaram de me receber.
Despedimo-nos alegremente:
«Até para o mês que vem!...»
Bibliografia:
José Luandino Vieira, Kaputu Kinjila e o sócio dele Kambaxi Kiaxi (Uma fábula angolana), Letras & Coisas
Luísa Ducla Soares, O meio galo, ASA
Sidónio Muralha, Bichos, bichinhos e bicharocos, Coleção Pássaro Livre, Livros Horizonte
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Ler a meias, pois claro!
Primeiro, as apresentações...
Depois, os meninos conheciam e resumiram num instantinho A lebre e a tartaruga...
O que ninguém admitiu foi que, na realidade, uma tartaruga pudesse alguma vez vencer um coelho. (A notícia da Sábado foi uma total surpresa!!!)
A seguir, distinguiu-se uma aposta de uma combinação...;
Observou-se a ilustração de Era uma boa combinação..., de António Torrado, e assim se ficaram a conhecer o cão leal, a coelha espertalhona e os seus laparotos...; qual o local, a situação...
Então, lemos o conto, parando para pensar e opinar, aqui e ali...
Por fim, improvisámos uma dramatização.
Da plateia, vieram ajudas.
Vitória, conseguimos!
Saímos felizes!...
O trabalho com esta turma será continuado.
Até à próxima!
Sessão anterior, aqui descrita.
Sessão vista pelos meninos, no seu blogue.
Já ouviste falar na Ilustrarte?...
A Ilustrarte é uma Exposição Internacional de Ilustração para a Infância, à qual concorrem muitos ilustradores da Literatura Infantil.
Realiza-se de dois em dois anos, no Museu da Eletricidade, em Lisboa (Belém).
Aí podes ver os trabalhos de muitos artistas, selecionados por um júri, e folhear/ler os livros onde as suas ilustrações se encontram.
Que bonitos!
Ora vê!
Para saberes mais, clica aqui.
Podes ler também a notícia do Público.
Realiza-se de dois em dois anos, no Museu da Eletricidade, em Lisboa (Belém).
Aí podes ver os trabalhos de muitos artistas, selecionados por um júri, e folhear/ler os livros onde as suas ilustrações se encontram.
Que bonitos!
Ora vê!
Para saberes mais, clica aqui.
Podes ler também a notícia do Público.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Ler a meias... de novo
O 2ºB e o 3ºA foram as turmas "eleitas", particularmente devido ao seu horário de ida à biblioteca escolar.
Um século de Literatura Infantil em língua portuguesa, eis o ambicioso lema que nos guiará por histórias, poemas e até mesmo textos não literários do mundo da Lusofonia, através dos tempos.
Encontros e reencontros, apresentações e saudações... Ala que se faz tarde!...
Para começar, uma notícia insólita da Revista Sábado: Tartaruga vence coelho no esqui. Não é ficção, não; aconteceu há dias, na China.
A notícia levou ao reconto da fábula...
Um menino do 2º ano, por coincidência, tinha consigo o livro "A lebre e a tartaruga". Que bem ele interveio, escolhendo e lendo alguns excertos!
Outras leituras se seguiram, diferentes em cada uma das turmas.
No 2º ano, Uma boa combinação, de António Torrado, e poemas de Cecília Meireles.
No 3º ano, versos de João de Deus: Joaninha.
E as diversas leituras propiciaram debates de ideias, tomadas de posição..., antecipação de finais..., propostas de escrita! Uma sugestão de visita à Ilustrarte...
Duas sessões animadas que suscitaram o desejo de mais...
Até à vista!
Bibliografia:
António Torrado, Ler, ouvir e contar, Campo das Letras
Cecília Meireles, Ou isto ou aquilo, Editora Nova Fronteira
Versos de João de Deus, Portugalmundo
Sábado, nº 508, 23-29 de janeiro/2014
Interlúdio... com "Histórias"...
O convite é claro: sentemo-nos confortavelmente e assistamos ao concerto de Rodrigo Leão & Cinema Ensemble, deixando-nos transportar, pelo poder da música, a recantos e momentos inesquecíveis da caminhada da vida...
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Fim do 1º período...
Acabou mais um período escolar.
Por esta altura, em anos anteriores, eu teria já realizado mais de uma dezena de sessões de leitura em bibliotecas escolares, em regime de voluntariado. Por enquanto não, neste ano letivo.
Não quero? Não me convidaram? Nada disso!
Tanto assim é que o novo ano trará novidades...
Calmamente.
Tudo isto por nenhum motivo particular, exceto querer.
O outono foi belo, ameno e convidativo...
Não faltaram bons programas compatíveis com a condição de reformada.
Não faltou sol, para passeios junto ao mar... nem pôr-do-sol que não cedesse vez a um luar, sempre belo, fosse ele de lua nova ou quarto crescente...
Sucederam-se ciclos de cinema, teatros, exposições...
Tempo de lazer.
Convívios com familiares e amigos.
Despedidas (algumas tristes).
Apontamentos para escrever (que não passaram de rascunhos dispersos)...
Tudo a desencorajar-me de acorrer ao toque de campainhas. A libertar-me do espartilho da agenda de compromissos entre Ceca e Meca... A convidar-me a adiar o recomeço.
Não pago eu uma taxa de solidariedade? (Se é isso que me exigem, é porque certamente basta!)
Desanima ver muita gente cheia de valor e energia, inexplicavelmente no desemprego...
Porquê trabalhar eu, então?...
Se o tenho feito é porque não usufruo de nenhum salário nem ocupo um posto de trabalho de um qualquer trabalhador. 1ª condição, sine qua non.
Há mais: a partilha de leituras distende a mente, provoca emoções, cria afetos... Faz falta.
Logo, a missão não acabou.
Por esta altura, em anos anteriores, eu teria já realizado mais de uma dezena de sessões de leitura em bibliotecas escolares, em regime de voluntariado. Por enquanto não, neste ano letivo.
Não quero? Não me convidaram? Nada disso!
Tanto assim é que o novo ano trará novidades...
Calmamente.
Tudo isto por nenhum motivo particular, exceto querer.
O outono foi belo, ameno e convidativo...
Não faltaram bons programas compatíveis com a condição de reformada.
Não faltou sol, para passeios junto ao mar... nem pôr-do-sol que não cedesse vez a um luar, sempre belo, fosse ele de lua nova ou quarto crescente...
Sucederam-se ciclos de cinema, teatros, exposições...
Tempo de lazer.
Convívios com familiares e amigos.
Despedidas (algumas tristes).
Apontamentos para escrever (que não passaram de rascunhos dispersos)...
Tudo a desencorajar-me de acorrer ao toque de campainhas. A libertar-me do espartilho da agenda de compromissos entre Ceca e Meca... A convidar-me a adiar o recomeço.
Não pago eu uma taxa de solidariedade? (Se é isso que me exigem, é porque certamente basta!)
Desanima ver muita gente cheia de valor e energia, inexplicavelmente no desemprego...
Porquê trabalhar eu, então?...
Se o tenho feito é porque não usufruo de nenhum salário nem ocupo um posto de trabalho de um qualquer trabalhador. 1ª condição, sine qua non.
Há mais: a partilha de leituras distende a mente, provoca emoções, cria afetos... Faz falta.
Logo, a missão não acabou.
Uma vez que desejam a minha presença, voltarei.
(Calmamente, avisei!)
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