Surpreendem-nos as figuras públicas que expõem desabridamente as marcas progressivas dos seus anos vividos.
Numa sociedade que privilegia a juventude e a beleza, aparentar sê-lo é forte tentação. É forte a pressão. Mas ou se pode ou não. E ou se quer ou não.
Verdade é que ou se morre jovem, abruptamente... ou envelhecemos, inexoravelmente.
Ou aceitamos limitações, rugas e cabelos grisalhos (um processo inevitável e natural)... ou disfarçamos afincadamente a idade, recorrendo talvez a soluções de resultado duvidoso...
Dignos de admiração são séniores que se mantêm dinâmicos, com projetos pessoais e sociais, que não se furtam a atividades culturais e desportivas, a convívios, alguns resistindo a dificuldades, acudindo a tudo e todos, exemplos de coragem, verdadeiros super-heróis do quotidiano.
Somos muitos, cada vez mais. Um problema ou uma mais-valia?
Vi, casualmente, fotos recentes de Joan Baez. 73 anos. Uma vida cheia.
Compositora, cantautora, ativista, pintora.
50 anos de carreira musical celebrada em 2008. Em 2010, atuou em Portugal, na Casa da Música e no Coliseu de Lisboa.
Forever young? Talvez não.
Cérebro, corpo, emoção...
Sempre bela.
Ou não?...
2 comentários:
Simplesmente, seres humanos com um brilhozinho nos olhos.
Zé Tomás
É mesmo, Zé Tomás! Serenidade, autoconfiança... "charme", segurança... Linda idade!
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