sábado, 14 de abril de 2012

Tempo de poesia do Alandalus


Ibn Arabi, de Múrcia, do Alandalus do séc XIII:

(Excerto do poema;
tradução de Adalberto Alves, in “No Vértice da Noite”):

maravilha é a da formosura que usa véu
e mostra o desenho da tinta nos seus dedos.
ela faz sinais com o olhar
e tem em seu coração a pastagem.
oh a beleza de um jardim entre o fogo dos incêndios!
...
meu coração alberga qualquer forma:
é prado onde passeiam as formosas
claustro de monges
templo dos idolatras
Kaaba do peregrino
tábua da Tora e Alcorão.
eu sigo só a religião do Amor.
para onde quer que as montadas se encaminhem
a lei do Amor será sempre meu credo
e minha fé!
e, assim, vou ao jeito dos amantes.
...

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