- Dia do Livro?! Surpreenderam-se. A data ia passando despercebida.
- Direitos de Autor? Acham justo; concordaram.
As melhores canções para crescer, dos Xutos e Pontapés, e o álbum Vida Malvada inspiraram o trabalho: uma canção, para começar; letras de músicas (impressas) para lermos "a meias", pelo meio; uma última canção, a fechar...
Entretanto, abordámos a necessidade de crer em nós próprios e vivermos o "jogo da vida" com determinação, alegria e "um pouco de fé":
«(...) Olha
para ti
O
que é que tu vês
O
que tens para dar
Tens
que o dar a valer
Tens
de olhar e ver
O
que há para fazer
Não
tens de esperar que te venham dizer (...)»
O soneto de Antero de Quental, O Palácio da Ventura, pelo contrário, mostrou desânimo.
«(...) dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão e nada mais!»
Adianta? Como vencer este estado de espírito? Que coisas nos podem fazer amar a vida?
- Amigos, desporto, música, sol... - referiram.
O texto da jovem Joana Alves, "Lista de prazeres", que lhes li em seguida, acrescentava uma porção de coisas importantes de que todos gostam também... (Aquela coisa de "acordar cedo para aproveitar bem o dia" é que não é para todos...)
«(...) Mede
bem a importância
Dum pequeno pormenor:Um parafuso no foquetão
Um beijo ao deitar, um papel no chão
Uma prenda com cartão, um voto aqui
Ali um não (...)»
A finalizar, escutámos, lemos e cantámos os "Contentores".
«(...) A carga
pronta e metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
É uma escolha que se faz (...)»
E antes que o tempo se esgotasse completamente, pedi-lhes a sua opinião sobre a sessão. Foram sinceros.
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
É uma escolha que se faz (...)»
E antes que o tempo se esgotasse completamente, pedi-lhes a sua opinião sobre a sessão. Foram sinceros.
- Sim, gostaram: tinham saído da sala de aula e tinham ouvido música!...
Acrescento: leram e escutaram versos...; ficaram certamente ideias para refletir...; participaram numa atividade da biblioteca... Acho que valeu a pena!
2 comentários:
Toda a minha admiração por professores como a Manuela Caeiro que mantêm a chama da comunicação e da partilha acesas, mesmo em terrenos difíceis de acesso ou de pegar fogo. Obrigada pelo agradável momento que nos proporcionou.
Olá, Isabel!
Difícil é trabalhar diariamente com um "público" tão exigente e ainda assim estabelecer a comunicação com laços de confiança e respeito, como eu vi. Mais um motivo para esta sua opinião me deixar feliz... Um bom momento, entre leituras e ideias, era o grande objetivo! (Se algo mais germinar, será um saboroso extra!...)
Bom resto de ano, Isabel!
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