A cidade revela bem que é Dezembro...
Saibamos preparar-nos para acolher o Natal...
Natal, e não Dezembro (1962)
Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
Das mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.
David Mourão-Ferreira, Cancioneiro de Natal, Editorial Verbo, 2ª edição
5 comentários:
...grato pela visita
...e é quase Natal... bons preparativos
...um abraço
Olá Manuela
Quem dera que o Natal fosse Universal.
Para pobres e ricos sem distinção, sem o valor do dinheiro.
Quem dera que o Natal fosse vivido de igual forma para todos.
Com todas estas desigualdades universais, será que um dia acontecerá?
Um beijo para a amiga
O Natal está aí...
a luz nas ruas...
mas saibamos viver a verdadeira Luz desta época.
Beijinhos, Manuela!
Many christmas !!!
Se Natal pode ser todos os dias...
Muito Natal e pouco Dezembro para ti !!!
Ola Manuela, Nao conhecia, e gostei. Bom Natal. Um beijo.
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