Voltámos ao Centro Comunitário do Laranjeiro/Feijó, a uma salinha bem acolhedora, aonde muitos utentes se deslocaram, dispostos a ouvir e contar histórias.
O tempo voou!
O dia de S. Martinho deu início à conversa: a atividade de reunir avós e netos que ontem teve lugar, no Centro; um elogiado cartaz exposto na sala, da autoria de alguns dos presentes…; provérbios alusivos à data; as nossas tradições; a lenda de S. Martinho que recontámos com a participação de quem tem boa memória…
A literatura oral correu mundo e foi-se aculturando às pessoas, aos costumes, à terra de quem as conservou na memória. Então não querem saber que A donzela que vai à guerra (entre França e Aragão, logo, um romance europeu) aparece também como uma lenda do Ruanda (África)?! Lemo-la: A história de Ndabagá.
José Fanha proporcionou um bom momento de troca de ideias: Antigamente. Antigamente é que era bom, íamos repetindo em coro. Mas seria mesmo? Para umas coisas, sim. Só que ninguém esquece as dificuldades vividas nesse tempo. E, afinal, haja otimismo, hoje em dia é que é bom!
Falámos de Lusofonia. Estava prometido um conto de Cabo Verde; escolhemos O valor da bênção, de que todos gostaram muito.
Foi uma sessão de muita escuta e participação, a que não faltaram nem manifestações de entusiasmo nem calorosas despedidas.
Eu e a minha colega Dina Dourado saímos felizes.
Prometemos voltar. Em princípio, no dia 17 de dezembro.
Sessão anterior, aqui.
Bibliografia:
Dolph Banza, A história de Ndabagá, Falas Afrikanas
Fernando Vale, Contos tradicionais dos países lusófonos, Instituto Piaget
José Fanha, Era uma vez eu, booksmile
Viale Moutinho, Lendas de Portugal, Diário de Notícias SA
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