A carteira, de Machado de Assis, foi o conto que abriu a sessão. Alguém, com dívidas, encontra uma carteira recheada... Que tentação! E quantos problemas de consciência?!...
Questões análogas, com diferente desenvolvimento, surgem em contos coligidos na Nova tertúlia de mentirosos. Lemos A bolsa certa (o dono de uma carteira perdida não queria dar a recompensa prometida!) e A verdadeira renúncia (ou seja, o mais fácil é... renunciar à renúncia!).
Uma grande feira (certamente o Roque Santeiro, em Luanda) - e as condições sócio-económicas de vendedores e clientes desse enorme mercado - é o cenário da história que contámos seguidamente: O caderno. Estivemos lá, de alma e coração, com Nelinha e sua mãe... no dia em que veio a polícia e se perdeu a ginguba (o amendoim) e o tal caderno de folhas por escrever...
A Ilda recordou uma ida à Feira Popular e um episódio de troca (involuntária e momentânea) de marido... O verdadeiro marido presenciou a cena e riu a bom rir! O outro é que nem por isso!... (Aconteceu algo muito parecido à Emília...)
Ouvimos um poema de Almada Negreiros e também anedotas de um velhinho livro da Coleção Céu Azul.
Evocámos José Afonso: o cantor, o político. Mas também o pai. Lemos uma carta que escreveu à filha, na prisão de Caxias, que nos enterneceu a todos.
A sessão encerrou com o nosso coro. Votámos para escolher a canção! Menina estás à janela...
Próxima sessão, dia 29 de maio.
No mês seguinte, 22 de junho.
Bibliografia:
Jean-Claude Carrière, Nova tertúlia de mentirosos, Contos filosóficos do mundo inteiro, Teorema
José de Almada Negreiros, Poemas Escolhidos, Assírio & Alvim
José Jorge Letria, Zeca Afonso, O que faz falta, Uma memória plural, Guerra e Paz
Machado de Assis, Contos, Livros do Brasil, Limitada, Lisboa
Manuel Rui, Da palma da mão, estórias infantis para adultos, Cotovia, Luanda / Lisboa
Salomé de Almeida, Anedotas e adivinhas, Coleção Céu Azul, Editorial Minerva
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