Decorreu assim a sessão:
- Um apelo à escuta e à emoção: as histórias são máquinas de passar
por dentro…
- Há dias maus… Shaun Tan ilustra-o bem, em A árvore
vermelha.
- Antero de Quental dissera o mesmo, com algum pessimismo,
em O palácio da ventura… (Vimos as diferenças.)
- Histórias com gatos? Sim, conheciam a de Jorge Amado.
Menos, a de Luís Sepúlveda.
Afinal o gato Zorbas existiu mesmo, adoeceu gravemente e a
família teve de tomar uma decisão dolorosa que o escritor nos conta em As
rosas de Atacama. (A eutanásia esteve em debate.)
- Evocação de Cesária Évora e Tito Paris - para
desanuviar.
Poesia – para rematar. Xico Braga deu-nos duas belas receitas
poéticas.
O 2º tempo (de um bloco de 90m), foi para os
jovens escolherem livros de poesia da biblioteca escolar e selecionarem versos que leram em voz alta e com os
quais se criou este cadáver esquisito:
«Manda ao ar uma mensagem
Onde desejas poder flutuar, sonhar
És feliz porque és assim
Coração de mulher que abrange a Natureza
O Mundo deve-me algumas coisas belas
No mel de loucas candeias
Como se lágrima fosse
Tristeza não tem fim, felicidade sim
Bebo à tua glória, meu Deus
E olha ao abandono dos deuses
Em seu luto embiocadas
São pedaços de alma
Na máscara desta tua voz leio o fogo que sente o teu
sustento
É através de ti, ó árvore que celebra os esponsais entre
mim e a Natureza
É certo que no primeiro dia não avancei muito»
Bibliografia:
Antero de Quental, Sonetos, Sá da Costa
José Fanha e Rui Ricardo, Era uma vez eu, Booksmile
Luís Sepúlveda, As rosas de Atacama, Porto Editora
Shaun Tan, A árvore vermelha, Kalandraka
Xico Braga e Isabel Teixeira de Sousa, Receitas poéticas, Edição
de Autor
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