- Então, acabaram de ler Os ciganos, da avó Sophia e do neto Pedro? - quis eu saber.
Difícil! O livro não tem parado na biblioteca; anda de mão em mão, sempre a ser requisitado...
Desta vez, mergulhámos num MAR de palavras.
A Nau Catrineta e A Bela Infanta...
Seguiu-se uma história de piratas. Pedi ajuda: «Qual querem? Um conto grande... ou um pequenino e divertido?»
- Grande - ditou a votação. Estava então escolhido o livro Princesas, príncipes, fadas e piratas com problemas.
- Querem Crispim, o pirata que tinha medo da água? (Riram...) Ou O pirata da barca do esquecimento?
A votação recaiu neste último, de Rui Zink.
Atentamente, ouviram falar do barqueiro de Caronte e da moeda para pagar a última viagem... E escutaram longamente a história daquele rapaz cujo avô ia perdendo a memória e iria embarcar na barca do esquecimento... Ou seria apenas sonho? Afinal, o avô morreu ou não?
Falou-se da velhice e de como é preciso ginasticar o corpo e a mente: aprender coisas novas, fazer coisas que estimulem o cérebro... (Importante em qualquer idade!...)
Então, saltámos rapidamente para poesia de Fernando Pessoa - que mereceu palmas!
Demos ainda uma espreitadela a Os Lusíadas para gente nova...
E acabámos, alegremente, cantando O homem do leme.
Muitas emoções vividas em 90 minutos - que assim se esgotaram...
Vê se concordas!
«Por vezes oiço dizer, sobretudo por causa da crise económica, das guerras, dos desastres, das mudanças climáticas, que "esta vida é um inferno". Um Hades.
Não é. Posso garantir que não é. A vida é maravilhosa. E, a ser parecida com algo que não existe, então será com o Paraíso.
O Inferno, esse, é outra coisa. O Inferno é o esquecimento.
Felizmente aprendi com o tempo que até isso tem solução, e bem simples: não esquecermos, nós, o nome de quem gostamos.»
Rui Zink, O pirata da barca do esquecimento
Se queres conhecer a bibliografia, encontra-la aqui.
A notícia foi publicada no blogue da escola, aqui.
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