Moaxaha para os dias escuros
Às vezes o dia nasce-me escuro
e sinto contristada que para mim não há futuro
Tento então abrir os olhos à criança que ainda sou
e dizer-lhe que os caminhos aonde vou
fui eu quem os abriu, os adubou, e os plantou
– que os alicerces da minha casa estão firmes, e seguros
e que há portas de ouro abertas nos seus muros
Portas e vidraças por onde triunfante o sol penetra
escrevendo e musicando os meus dias letra a letra
tornando-os imortais como os templos em Petra
– para quê tantos e tão tristes sentimentos inseguros
se plantei a minha casa em chão indómito e maduro?
Amor ei!
Myriam Jubilot de Carvalho
Foto: Manuela Caeiro
- O que é uma moaxaha?
- Como se constrói?
- Respostas no blogue da Autora:
- Aceitas o desafio da CML de criar uma moaxaha dedicada à Lisboa dos nossos dias?
- Para conheceres a iniciativa, saberes prazos, etc, consulta:
Sem comentários:
Enviar um comentário