segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Tempo de poesia: "moaxahas"...


Moaxaha para os dias escuros

Às vezes o dia nasce-me escuro
e sinto contristada que para mim não há futuro

Tento então abrir os olhos à criança que ainda sou
e dizer-lhe que os caminhos aonde vou
fui eu quem os abriu, os adubou, e os plantou
– que os alicerces da minha casa estão firmes, e seguros
e que há portas de ouro abertas nos seus muros

Portas e vidraças por onde triunfante o sol penetra
escrevendo e musicando os meus dias letra a letra
tornando-os imortais como os templos em Petra
– para quê tantos e tão tristes sentimentos inseguros
se plantei a minha casa em chão indómito e maduro?

Amor ei!

Myriam Jubilot de Carvalho
Foto: Manuela Caeiro

  • O que é uma moaxaha?
  • Como se constrói?

- Respostas no blogue da Autora:

  • Aceitas o desafio da CML de criar uma moaxaha dedicada à Lisboa dos nossos dias?
- Para conheceres a iniciativa, saberes prazos, etc, consulta:


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