Li este artigo há dias, no Portal da Educação.
Gira em torno da publicação de um livro: Reinserção pela Arte (título apelativo).
Resultou este livro de um projeto desenvolvido em Centros Educativos de Lisboa, coordenado por Jorge Barreto Xavier, com jovens entre os 13 e os 18 anos, e nele se pretende demonstrar que a criação artística é uma ferramenta na descoberta de competências que abre portas à reinserção de jovens problemáticos.
Os jovens foram envolvidos em atividades artísticas nas áreas do teatro, música, dança, vídeo, fotografia, escrita, cinema e design de espaços.
(Dar largas à criatividade e reforçar a auto-estima, certamente... Mais ainda, envolver-se em projetos, assumir responsabilidades, trabalhar em equipa, confrontar-se e respeitar o outro...)
Realço algumas afirmações proferidas na sessão da sua apresentação:
Vivemos numa sociedade em que nos habituámos a aceitar certas coisas: a pobreza, a criminalidade, a delinquência juvenil (...) acreditamos que todas elas hão de sempre existir, em maior ou menor grau.; É nesse sentido que a delinquência juvenil pode ser encarada como uma fatalidade. Creio que é necessário acreditar na efetiva erradicação da delinquência juvenil. É preciso trabalhar com objetivos máximos e não mínimos ou medianos. Depois, procurarmos aproximar-nos o mais possível da concretização destes objetivos, que não são para cumprir num ano nem sequer numa geração - mas se não forem estabelecidos com clareza, não podemos trabalhar em função deles.
Não faltou uma pergunta pertinente, de resposta embaraçosa: As escolas estarão preparadas para lidar com a delinquência dos jovens?...
Acrescento eu, receosa: E com o desinvestimento crescente na Arte, na Educação, etc..., deixaremos morrer projetos como este?!
Os prejuízos não serão muito superiores às poupanças?...
Ler +: A delinquência juvenil nem sempre é uma fatalidade
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