Forma de Inocência
Hei-de morrer inocente
exactamente como nasci.
Sem nunca ter descoberto
o que há de falso ou de certo
no que vi.
Entre mim e a Evidência
paira uma névoa cinzenta.
Uma forma de inocência,
que apoquenta.
Mais que apoquenta: enregela
como um gume vertical.
E uma espécie de ciúme
de não poder ver igual.
António Gedeão
1 comentário:
Sabe sempre bem lavar a espuma do dia à dia com um poema do Gedeão.
Espero que a tua semana esteja a (de)correr tranquila...e que tranquila continue...
Vim só deixar estas singelas letrinhas !!!!!!
Antónimus
Enviar um comentário