quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Era uma vez um poema...

O ano novo, brincadeiras infantis, histórias e História, Cavaleiros, guerra e paz: um pouco de tudo em cada sessão. Assim começou, em 2020, o Ler a meias...

O poema Árvores, de Roseana Murray (poetisa brasileira), causou emoção. Plantar palavras doces que espalhariam a paz no mundo!... (Acabei por prometer publicá-lo, para o relerem.)

Devo um pedido de desculpas à autora. Introduzi duas palavrinhas (in)discretas, crendo servir melhor a compreensão, no meu papel de mediadora.
Perdão, Roseana Murray!

Eis o poema (com as ditas palavras entre parênteses. E também com troca de dois sinais de pontuação. Foi tal e qual assim que o li, repetidamente, em voz alta.)


Árvores

          Se pudéssemos plantar PALAVRAS,
          como se planta uma árvore,
(cresceriam) tantos frutos invisíveis
          contidos em seu silêncio,
          tanta sombra ao meio-dia
          em seu futuro,
(Plantar) palavras simples e quentes:
          amor, pão, mel, encontro...
          As sementes seriam aladas,
          e o vento varreria o jardim.
          Então, pouco a pouco,
          atravessando montanhas,
          mares, cidades,
          a PAZ cobriria o mundo.

Murray, Roseana, Rios de alegria, Editora Moderna, 2012


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