sábado, 19 de julho de 2014

Festival de Almada: o dia seguinte...

É hoje.
O dia avança com a sensação de que "tudo" acabou... 
O repouso sucede à animada correria dos últimos dias, entre espetáculos, colóquios, concertos, leituras, encontros e conversas, no nosso Festival de Almada. 
Sim, o repouso apetece..., mas acentua esta sensação de que hoje sobram horários por preencher, que nos falta aquele momento mágico em que a luz se apaga e perante nós se desenrola uma história com segredos e sentidos por descobrir, para discutir. 
Muito haveria a dizer. Por exemplo, que o Teatro Meridional voltou a sair vencedor por aqui ter apresentado Al Pantalone, a peça que o público votou como a sua preferida e que será, pois, a "peça de honra" em 2015.
Etc, etc...
Confesso que a minha mais forte emoção me foi causada pela maratona levada a cabo por António Fonseca, ao dizer Os Lusíadas, integralmente, no último dia do Festival: uma hora por cada canto, ou seja, dez horas (com pequeninos intervalos de permeio) que não cansaram muitos espetadores que ali permaneceram fielmente todo o dia!
Não conhecia este projeto; descobri que tenho andado muito distraída... Vim ao Google à procura de informação e encontrei este vídeo que venho partilhar. 
Aprovo a metodologia do ator. Foi por ter participado em duas tertúlias temáticas, ao longo da semana, que cresceu o meu desejo de destinar todo a 6ª-feira a ouvi-lo... Ouvir dizer, explicitar, estabelecer paralelismos... Por fim, ver em palco muitos amigos, a comunidade almadense, desde crianças a idosos, a participar no canto X, ensaiados e seguros...
Lavro o meu louvor a António Fonseca. 
Honra lhe seja feita.
Mais: considero que este seu feito não pode acabar aqui.
Um CD da epopeia, dito por si, seria obra fundamental em cada biblioteca escolar, municipal...
Correr bibliotecas escolares do país inteiro seria um apoio valioso ao currículo, constituiria uma maneira eficaz de dar a conhecer (e fazer amar) "o maior poeta português" e Os Lusíadas, obra maior da nossa Literatura, tão desconhecida e mal-amada!...




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