Vê como o verão
subitamente
se faz água no teu peito
e a noite se faz barco,
e minha mão marinheiro.
Eugénio de Andrade, in Eros de Passagem, Campo das Letras,3ª edição,1998
Mar
De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in Poesia I, 1944
Lusitânia
Os que avançam de frente para o mar
E nele enterram como uma aguda faca
A proa negra dos seus barcos
Vivem de pouco pão e de luar.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in Mar Novo, 1958
Pintura de Manuela Marques: http://sesimbrapainting.blogspot.com/
2 comentários:
Que lindo post!
Gosto sempre muito do Eugénio de Andrade e da nossa Sophia. E fiquei encantada pelos traços azuis, brancos, suaves, puros, de Manuela Marques. Enlevam a alma.
Boa semana, Manuela!
Lindas poesias com belas pinceladas para começar a semana !!!
È sempre bom ver que vens deixar umas linhas, fico a agurdar uma crónica saborosa do Redondo !!!!
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