quarta-feira, 28 de outubro de 2015

No Pragal, Paz rimou com Liberdade...

Foi dia de conhecer duas turmas de 3º ano.
Tempo de pensar como pode ser importante um livro! Tão importante que há livros proíbidos, livros que são queimados, livros que levam à prisão!... E há também livros que consolam, em tempos difíceis; e bibliotecas que nascem em tempo de guerra...
(Ouvimos isso nas notícias.)

E então lemos a meias histórias de guerra e paz.
O soldado João divertiu as duas turmas. O João era mesmo um pacifista, quer fosse enfermeiro, cozinheiro, corneteiro ou atirador... Mereceu as duas belas medalhas que os generais lhe puseram ao peito!
3º A, ao ritmo do fandango


Bem a propósito, a professora Inês Marcelino deu a ouvir um fandango ao 3º A. E a sua turma dançou, tal como os dois exércitos "inimigos"...
Antes, já a turma tinha escutado um conto popular português: Dom Caio. Depois, ouviram Rimas. (Umas eram verdadeiras rimas; outras, inesperadas associações de ideias.)
- Paz rima com...? - perguntei.
- Com brincadeira no parque, com escola, amizade, pássaros a voar nos céus, não ter medo, estar em sossego... Paz rima com Liberdade!... - concluiram os meninos.

3º B, trabalhando a meias...
O 3º B, após a conversa inicial, escutou Rimas.
Em seguida, a história O soldado João e depois, poesia.
Ao poema Não quero, não seguiu-se um trabalho de pares (oral): Não quero, não quero, não.../ Quero...
A turma disse, por exemplo:

Não quero, não quero, não…:
Ir parar a uma enfermaria
Que alguém morra
Fazer a guerra
Matar...

Quero…:
Ser bom aluno
Que os maus sejam castigados
Sermos amigos para sempre
Viver em PAZ!
Que todos os desejos se realizem...

Um dos desejos é que eu volte.
Foram apresentações e despedidas alegres, as nossas.


Bibliografia:
Contos populares portugueses, Europa-América
António Torrado, À esquina da rima buzina, Caminho
Eugénio de Andrade, Aquela nuvem e outras, ASA
Luísa Ducla Soares, O soldado João, Civilização




Recomeçando a Ler a meias...

Novo ano, nova viagem...
Outubro, mês das bibliotecas escolares, tempo de feição!
Dia de festa no Agrupamento da Anselmo: boa razão para aí recomeçar...
No Pragal, que tal?...
- Partimos. Vamos. Somos.



sábado, 10 de outubro de 2015

Reflexões de uma voluntária...

Novo ano escolar se avizinha. (Só agora: verdadeiro privilégio de aposentada!)
Mais uma vez me preparo para pegar no saco do Ler a meias a abarrotar de livros, e calcorrear ruas e algumas estradas, em demanda de bibliotecas escolares (e não só), para dar a conhecer obras, autores e ilustradores, espicaçar a imaginação de miúdos e graúdos e (...espero...) espalhar pela assistência o desejo e o prazer de ler...
Uma tarefa que levo a cabo com seriedade e gosto, mas me obriga, ano a ano, a equacionar uma questão relevante: se eu, voluntária, não colaborar com estes "meus" Agrupamentos de escolas (dois deles ininterruptamente, desde o 1º momento), contratarão alguém?...
Tenho conhecido "gente" talentosa e competente que ganha a vida como contador de histórias e mediador de leitura, por vezes também como formador: é esse o seu modo de vida, o seu meio de subsistência.
Desde o princípio que me recuso a aceitar que eu possa, de algum modo, contribuir para que sejam retiradas quaisquer oportunidades de trabalho a estes profissionais.
Garantem-me que nada tenho a recear. Há espaço para todos; verba, não.
Verba, palavras (em latim), isso sim! Posso oferecê-las..., à vontade!
Convidam-me gentilmente. Aceito alegremente. Permaneço.
Entretanto, tento manter-me informada, atualizada...
Não prescindo de fazer formação, (sobretudo) na área da Literatura para a infância e juventude...
Estou atualmente a frequentar os Encontros no Território das Histórias, na livraria GATAfunho, com Rodolfo Castro.
(Umas sessões cheias de dicas e boas ideias... e muita risota e diversão!)
Investir para evoluir...
Fazer mais e melhor!?... Talvez!
(Assim espero!)



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