sábado, 26 de julho de 2014

Com uma história..., na APISAL...

Fiz o balanço do trabalho voluntário deste ano antes do tempo...: afinal não tinha ainda acabado!
Surgiu recentemente o convite para "participar nas atividades da última semana" da APISAL (Associação Pró-Infância Santo António de Lisboa), convite este que veio até mim por meandros irrecusáveis..., tanto mais que na plateia estariam a netinha e os seus colegas de três anos... 
Assim, em grupos de 25, não são propriamente um público a que eu esteja muito habituada, mas "vamos a isso"! Com o apoio da Educadora Sara Calisto - que me deixou inteiramente à vontade e resolveu dúvidas - "já 'tá"!
Uma história simples, à superfície: Vamos fazer amigos... (e a raposinha bem se esforça!)
Uma multiplicidade de leituras possíveis...: ir "lá para fora" em liberdade, em dia de sol (com a anuência da mãe)...; criar bonecos...; trabalhar em equipa...; frutas e legumes...; animais; emoções...; fazer amigos "de todas as cores"...
História ora narrada ora lida, seguindo as ilustrações de grandes dimensões, figurativas e coloridas...
A meias com os meninos que interagiam, questionavam, respondiam... (às vezes sem eu os entender muito bem, confesso!)
- Onde estava a mãe?... - perguntou alguém. (Imaginámo-la sentada na sala, a ler uma revista...)
Nos alimentos, as preferências dividiram-se:
- Eu gosto de brócolos.
- Eu, de nabiças.
- Eu, de alface.
- Eu tenho uma barriga grande!... :-)
Foi um prazer ouvi-los, no fim, recontar a história...; vê-los a fazer atividades entre amigos...; participar numa roda, num jogo... Mais: virem-me pedir o livro para o manusearem...
A manhã acabou no recreio, a "brincar à apanhada"... Imaginam?!... Bem corri!
A despedida foi encorajadora, afetuosa..., nada fácil!
Com uma história..., "fiz amigos"!

Bibliografia: 
Adam Relf, Vamos fazer amigos, Âmbar


Balanço do ano de voluntariado (2013/2014), aqui. (Promoção do livro e da leitura, em bibliotecas escolares. Almada... e, desta vez, LISBOA!...)


sábado, 19 de julho de 2014

Festival de Almada: o dia seguinte...

É hoje.
O dia avança com a sensação de que "tudo" acabou... 
O repouso sucede à animada correria dos últimos dias, entre espetáculos, colóquios, concertos, leituras, encontros e conversas, no nosso Festival de Almada. 
Sim, o repouso apetece..., mas acentua esta sensação de que hoje sobram horários por preencher, que nos falta aquele momento mágico em que a luz se apaga e perante nós se desenrola uma história com segredos e sentidos por descobrir, para discutir. 
Muito haveria a dizer. Por exemplo, que o Teatro Meridional voltou a sair vencedor por aqui ter apresentado Al Pantalone, a peça que o público votou como a sua preferida e que será, pois, a "peça de honra" em 2015.
Etc, etc...
Confesso que a minha mais forte emoção me foi causada pela maratona levada a cabo por António Fonseca, ao dizer Os Lusíadas, integralmente, no último dia do Festival: uma hora por cada canto, ou seja, dez horas (com pequeninos intervalos de permeio) que não cansaram muitos espetadores que ali permaneceram fielmente todo o dia!
Não conhecia este projeto; descobri que tenho andado muito distraída... Vim ao Google à procura de informação e encontrei este vídeo que venho partilhar. 
Aprovo a metodologia do ator. Foi por ter participado em duas tertúlias temáticas, ao longo da semana, que cresceu o meu desejo de destinar todo a 6ª-feira a ouvi-lo... Ouvir dizer, explicitar, estabelecer paralelismos... Por fim, ver em palco muitos amigos, a comunidade almadense, desde crianças a idosos, a participar no canto X, ensaiados e seguros...
Lavro o meu louvor a António Fonseca. 
Honra lhe seja feita.
Mais: considero que este seu feito não pode acabar aqui.
Um CD da epopeia, dito por si, seria obra fundamental em cada biblioteca escolar, municipal...
Correr bibliotecas escolares do país inteiro seria um apoio valioso ao currículo, constituiria uma maneira eficaz de dar a conhecer (e fazer amar) "o maior poeta português" e Os Lusíadas, obra maior da nossa Literatura, tão desconhecida e mal-amada!...